J. D. Salinger (1919-2010) foi um dos mais renomados escritores estadunidenses do período pós-guerra. Sua obra mais conhecida é The Catcher in the Rye (O Apanhador no Campo de Centeio, 1951), que foi o único romance publicado pelo autor. Na realidade, a carreira J.D. Salinger foi marcada pela escrita extensiva de contos que são considerados verdadeiras obras-primas pela crítica e foram publicados em revistas como The New Yorker ou Esquire.
Os elogios de Hemingway
Em 1942, Salinger foi convocado pelo exército para lutar na Segunda Guerra Mundial. Na Europa, conheceu Ernest Hemingway durante a libertação de Paris, onde o autor trabalhou como correspondente de guerra. Hemingway frequentava o Hotel Ritz - que foi também habitado por artistas como o romancista André Malraux e o fotógrafo Robert Capa -, e foi lá que Salinger e Hemingway se encontraram pessoalmente. Salinger foi bem recebido por um Hemingway bastante elogioso e que já conhecia seus contos: "Jesus, he has a helluva talent."
Combates durante a Segunda Guerra
Em 1942, Salinger namorou Oona O'Neill, a filha do ganhador do Nobel de 1936, Eugene O'Neill. O relacionamento terminou quando Oona começou a sair com Charlie Chaplin, com quem se casou em 1943. Após os EUA entrarem na Segunda Guerra, Salinger foi convidado a participar de combates vitais como os Desembarques da Normandia (Dia D) ou a Batalha das Ardenas. No período pós-guerra, Salinger continuou na Europa participando das iniciativas de "Desnazificação" que buscavam eliminar resquícios da ideologia nazista das mídias da Alemanha e da Áustria.
Controvérsias envolvendo sua obra Em 1951, Salinger publicou O Apanhador no Campo de Centeio. A obra teve uma recepção ambígua por parte da crítica, sendo ao mesmo tempo elogiada pela prosa experimental e criticada pela linguagem considerada obscena. A controvérsia se agravou após a obra ter sido associada a duas tentativas de homicídio, apesar de a narrativa não conter qualquer sugestão ou incitação à violência. O que mais repercutiu foi caso de Mark Chapman, o assassino de John Lennon, que ficara obcecado pelo texto, chamando-o de "um livro extraordinário com muitas respostas".
Textos inéditos?
Após tais eventos, o interesse da mídia e do cinema pela obra de Salinger cresceu exponencialmente. No entanto, no auge de sua carreira, J.D. Salinger gradualmente se retirou da vida pública e passou a publicar cada vez menos. Em entrevista recente para o jornal britânico The Guardian, seu filho, Matt Salinger, revelou que J.D. Salinger continuou escrevendo sem publicar ao longo de toda sua vida longe dos holofotes. Na entrevista, ele revela seu interesse concreto de publicar as obras inéditas de seu pai. What great news!
Em setembro, leremos contos de J. D. Salinger no curso Short Stories do A Book a Month! Descubra estes contos clássicos conosco!
Comentários